Dependência química: o que é e como tratar
EsporteFoco
July 17, 2024 dicas 0 Comment

Ao reduzir o impacto da dependência química na sociedade, as políticas públicas podem melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover uma sociedade mais saudável e equitativa. Em alguns casos, a dependência química pode levar à violência doméstica, abuso infantil e negligência. Os membros da família também podem ser afetados financeiramente pela dependência química, incluindo despesas com tratamento, perda de renda e custos legais.

1 – Tratamento para dependentes químicos e ajuda para dependência química: Apoio Fraternal

Enfatizaram ainda a importância de ser identificada de que maneira tais familiares são afetados para que o impacto da dependência química diminua na vida dessas pessoas. Para a fundamentação do referencial teórico foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas principais plataformas de pesquisas como o Google Acadêmico, Periódicos Capes, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e SciELO – Scientific Electronic Library Online. Os principais descritores na realização desta busca foram “codependência”, “dependência química” e “familiares de dependentes químicos”. Foram consideradas somente as pesquisas mais recentes realizadas nos últimos 7 anos no período de 2017 a 2023 no intuito de abordar descobertas mais atuais e voltadas para a área da psicologia. Podemos ver no estudo de Assalin et al., (2021) que a família reconheceu seu papel singular na recuperação do membro em tratamento e adesão terapêutica, ao oferecer suporte ao usuário. A luta e o não desistir ajuda o dependente a persistir na luta contra a dependência.

Quais são os sintomas de um dependente químico?

Já as pessoas que têm ou já tiveram algum familiar próximo com histórico de dependência química também fazem parte dos grupos de risco. Isso porque o ambiente familiar torna-se hostil e elas podem se deixar até mesmo se influenciar pelos hábitos dessa pessoa. Além disso, pais que têm uma tolerância genética maior para algumas substâncias podem transmitir isso para os filhos, então é preciso cautela. A fissura, ou craving, consiste no forte impulso, quase que incontrolável, do dependente químico em consumir uma substância. O usuário, por já ter usado a droga anteriormente, antecipa em sua mente as sensações de prazer e alívio obtidos com os últimos usos; por isso surge o desejo compulsivo pela próxima ocasião de uso.

O impacto da dependência química na economia e no sistema de saúde da sociedade

Também é importante o acesso a serviços de apoio como aconselhamento, terapia e grupos de apoio, que podem ajudar a manter a sobriedade e prevenir recaídas. Os profissionais de saúde também podem desempenhar um papel crucial no apoio social, fornecendo orientação e tratamento adequado. Eles podem ajudar a identificar fatores de risco e fornecer recursos para ajudar o indivíduo a lidar com os desafios do tratamento. O estigma e a discriminação também podem afetar o acesso ao tratamento adequado para a dependência química. Muitas vezes, indivíduos que sofrem com a dependência química são marginalizados e excluídos, e podem enfrentar barreiras ao tentar acessar serviços de saúde adequados.

Como a dependência química afeta a vida de uma pessoa?

Muitas pessoas acreditam que não seja uma doença, mas um mero vício, desvio de caráter, o que não é verdade. Estudos científicos provam que se trata de uma doença, que não tem cura, mas que pode ser tratada e controlada. E se devidamente cuidado por médicos especialistas numa clínica de recuperação especializada em dependência química, os resultados podem ser satisfatórios na reabilitação de um paciente. Esses programas podem incluir medidas como a reabilitação e a terapia ocupacional, que ajudam os indivíduos a desenvolver habilidades sociais e de vida que lhes permitam lidar com as demandas cotidianas e reconstruir suas vidas.

O uso recreativo de drogas se transforma em dependência química quando o indivíduo perde o controle sobre o seu consumo e isso começa a trazer prejuízos fisiológicos, cognitivos e comportamentais. Até mesmo características hereditárias, aquelas que são transmitidas dos pais para os filhos, podem influenciar no desenvolvimento de uma dependência química. A genética diz respeito sobre como um organismo metaboliza o uso de uma determinada substância e o potencial dela causar uma dependência no futuro.

Ou seja, o tratamento da dependência química também é uma forma de prevenção indireta da doença e varia de acordo com o quadro clínico da pessoa. O envolvimento do paciente com alguma vivência espiritual, não sendo necessariamente uma religião, pode ajudá-lo com uma melhor recuperação. Existem grupos de apoio que podem ser frequentados com a ajuda da família do paciente, que também aprende táticas para lidar com a situação. Para manter-se livre das drogas, o indivíduo terá que realizar uma série de mudanças em seu estilo de vida.

O dependente químico somente consegue pensar no prazer que a substância psicoativa lhe causa, não importando se os laços com as pessoas sejam desfeitos. Ele não se importa mais com o que os outros vão pensar sobre seus comportamentos, e isso progride a medida que a dependência aumenta. Por isso é fundamental a importância de as pessoas entenderem como funciona a mente de um dependente químico.

A primeira célula elementar social é a família, em que a pessoa desenvolve habilidades, intelecto, emoções e valores. As substâncias reduzem a vida do dependente e prejudicam a qualidade de vida deles e dos seus entes queridos (MATOS et. al, 2017, pg.3). Cada família possui suas especificidades, suas regras e modo de se relacionar, possuindo fatores que podem prevenir clínica de recuperação de drogas ou propiciar o uso de drogas. Desta forma, problemas relacionados ao uso de substâncias químicas interferem diretamente na relação interpessoal e em toda estrutura familiar. Os membros da família acabam sendo envolvidos aos problemas específicos advindos da dependência química, passando por lutas junto com o usuário e tornando-se codependente da situação.

A predisposição genética, a história de traumas e abusos, o ambiente familiar e social, além de outros fatores, podem aumentar o risco de desenvolver a doença. A avaliação do paciente pode envolver diversos profissionais da saúde, como médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais e enfermeiros. Quando diagnosticada, a dependência química deve contar com acompanhamento a médio-longo prazo para assegurar o sucesso do tratamento, que varia de acordo com a progressão e gravidade da doença. A depender do organismo de cada pessoa e também da substância utilizada, é possível perceber os sintomas que surgem com o cessar do uso, que vão desde ansiedade, depressão, nervosismo e fadiga até náuseas e vômitos, sudorese, dores no corpo, alucinações e convulsões.

É importante lembrar que o tratamento para a dependência química é um processo contínuo e que a recuperação pode ser difícil. No entanto, com o tratamento adequado e suporte contínuo, a sobriedade a longo prazo é possível e existem milhares de pessoas que já conquistaram esta liberdade. Portanto é fundamental estar atento a fatores de risco, como problemas emocionais, histórico familiar de dependência química e influência do ambiente.